sábado, 23 de julho de 2011

Peter Joseph, Movimento Zeitgeist e as comunidades auto-sustentáveis



Para saber mais sobre o Movimento Zeitgeist, vale a pena ler: http://movimentozeitgeist.com.br/missao

No site há muitas ideias interessantes, notadamente aquelas ligadas a mudanças de valores e mudanças culturais. Mas nos textos do movimento não está claro de que forma, exatamente, seria possível realizar a transição da atual "economia monetária competitiva consumista e irracional" para uma "economia comunitária baseada na distribuição racional e justa de recursos" (chamada sinteticamente de "economia de recursos" no site do movimento).

E eles também não discutem o fato de que diversas tentativas anteriores de criar sociedades sem dinheiro fracassaram. Acho que se o movimento quiser se expandir realmente, deve abordar de modo claro e específico tais questões, e apresentar respostas aceitáveis.

Talvez um caminho possível para atingir a "economia comunitária baseada na distribuição racional e justa de recursos" seja a difusão paulatina de comunidades independentes auto-sustentáveis, como Auroville, na Índia (http://www.auroville.org/ ; http://www.aurovilleradio.org/ ; http://viagensculturais.wordpress.com/2010/06/26/auroville-%E2%80%93-a-cidade-universal/ ), a Fundação Findhorn, na Escócia ( http://www.findhorn.org/aboutus/vision/ ; http://pt.wikipedia.org/wiki/Funda%C3%A7%C3%A3o_Findhorn ), as ecovilas no País de Gales (http://ahh.com.br/presite/?p=3358&fb_comment_id=fbc_5006770127538_699231_5006771019538) ou as comunidades integradas ao Instituto Visão Futuro, no interior do Estado de São Paulo (http://www.visaofuturo.org.br/parque/index.html ).

Vale esclarecer que estas comunidades não são ensimesmadas, ou seja, não vivem fechadas em si mesmas. Elas são abertas ao diálogo e interação com o restante da sociedade e promovem cursos e vivências para visitantes. Milhares de pessoas as visitam todos os anos. Elas também não funcionam com base em dogmas ou crenças místicas, e nem sob a liderança de "gurus". Na verdade existe um foco na busca dialética e conjunta do know-how necessário para a sustentabilidade e bem-estar, individual e comunitário, sob diversos aspectos (ambiental, psicológico, científico etc).

Apesar da pesquisa científica, em tais comunidades as pessoas vivem em contato com a natureza e não cultivam necessidades artificiais de consumo.

Visitei Auroville em fevereiro de 2010 e posso dizer que foi uma ótima experiência. Me fez acreditar novamente nos grupos humanos e no futuro da nossa espécie.