Algumas vezes, as crenças místicas, apesar de nitidamente inverossímeis, são funcionais do ponto de vista individual e/ou social (pois num ambiente onde a maioria crê numa afirmação mística, ser também um crente facilita a socialização). E algumas vezes, o conhecimento da verdade não é funcional, individual e/ou socialmente (Spinoza que o diga - v. abaixo o post com o resumo da biografia deste filósofo).
Esta é apenas uma das peças que a natureza prega no ser humano. E, frente a isto, não creio que se deva renunciar à verdade, mas sim encontrar meios de torná-la funcional e socialmente aceitável. O que nem sempre é uma tarefa fácil, sobretudo quando a crença mística inverossímil encontra-se incorporada na cultura e nas tradições de um povo ou grupo social.
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