quarta-feira, 16 de março de 2011

Estudo e raciocínio lógico

Por Augusto Mascarenhas


Tão importante quanto estudar é treinar a mente para raciocinar de modo lógico e coerente, sob os aspectos formal, material e sistêmico (devendo-se sempre atentar para a necessidade de acoplar coerentemente as lógicas sistêmicas parciais ao sistema geral, mais amplo). Na minha opinião, a boa sintaxe na expressão verbal  (oral ou escrita) deriva de um pensamento logicamente correto.

Em temas importantes ou profundos, também é necessário treinar o cérebro para operar com definições conceituais mais precisas e claras.

Além disso, considero necessário dar tempo à mente para digerir, processar e organizar as informações obtidas em um determinado período de estudo. O cérebro precisa, ainda, ter tempo para relacionar e estabelecer nexos lógicos (se os raciocínios forem neutros) ou axiológicos (se valorativos) entre as novas informações e a base já existente de conhecimentos e idéias.  

O amadurecimento das idéias nem sempre ocorre de modo rápido. É cediço que Hegel, por exemplo, era um pensador que procedia lentamente.

Há pessoas que estudam bastante, mas a organização, clareza, logicidade, coerência e profundidade do seu pensamento deixa um pouco a desejar, o que atrapalha o aprendizado e às vezes inviabiliza uma discussão relevante.

Ou seja, há pessoas (algumas delas até mesmo se auto-intitulam filósofas ou cientistas) que, paradoxalmente, estudam muito mas pensam e refletem pouco.

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